terça-feira, 12 de junho de 2012

África a maior vítima do aquecimento global


Os países mais pobres são os menos responsáveis pelos gases do aquecimento global. Mas são os mais vulneráveis aos seus impactos. Na África, estão 15 dos 20 países sob maior risco no mundo. Eles emitem menos que 0,7% do total de carbono lançado na atmosfera do planeta. “Em todos os continentes, as 50 nações menos desenvolvidas representam apenas 1% das emissões e se também os ricos poluíssem tão pouco não haveria mudança climática”, afirma o relatório “A Anatomia de uma Crise Silenciosa”, publicado pelo GHF.

Charge


Grandes conflitos começaram a ocorrer no norte da África e no Oriente Médio, em países que tinham ou ainda mantém algumas características particulares. Entre elas, o fato de serem grandes fornecedores de petróleo para o "ocidente" e serem controlados por ditaduras decadais.
Em alguns casos, como no Egito, as agitações populares conseguiram êxito, derrubando o ditador de plantão e começando a planejar um governo de bases democráticas. Mas em outros, como a Síria e o Líbano, os ditadores locais não estão muito a fim de sair do poder, fazendo de tudo (literalmente) para segurar essa posição. Como consequência, muitas mortes, guerras civis e luta pelo controle de países que têm muito dinheiro advindo dos petrodólares, o que sempre provoca confusão.

ÁFRICA_uma oportunidade de investimento.


Os países mais pobres de África têm sido os que apresentam o crescimento mais rápido em todo o mundo, estando agora firmemente posicionados como um destino de investimento de eleição. Está previsto que, entre 2012 e 2013, o continente tenha um crescimento de cerca de 5%, assim como é estimado que o PIB de África possa situar-se nos USD 2,6 triliões em 2020. Apesar de ser claro que, a nível individual, os países apresentam um desempenho económico com níveis diferentes de sucesso, existem oportunidades de negócio significativas em todo o continente estimuladas por uma procura insaciável pelos recursos de África, uma população com um rápido crescimento, com um aumento sem precedentes na procura dos consumidores, assim como a necessidade urgente de desenvolvimento ao nível das infraestruturas relacionadas.

domingo, 10 de junho de 2012

África: cinco regiões num continente


Ao visualizar um mapa da África, pode-se ver que dividir o mesmo por regiões a partir da sua localização espacial nos sentidos Norte, Sul, Leste e Oeste são bem possíveis. Dessa forma, classifica-se o continente em cinco regiões distintas quanto a sua posição geográfica: Norte da África, Oeste da África, África Central, Leste da África e Sul da África.

Norte da África: como o próprio nome já diz, é a área situada ao norte do continente e que vem a ser banhado pelo Mar Mediterrâneo, em sua maioria, fazendo parte desta região cinco países. Também não se pode esquecer que ao sul desta região se encontra o deserto do Saara.

Oeste da África: é uma região muito confusa do ponto de vista político. São quinze nações que dividem um espaço caracterizado por áreas desérticas (Saara, ao norte) e florestas tropicais. Em sua economia local, a exploração de petróleo destaca-se com uma atividade bem atraente para os países.

África Central: caracterizada pelos inúmeros conflitos da década de 90 que marcaram profundamente a região, a África Central ficou conhecida no mundo pelos conflitos no Zaire que o transformaram em República Democrática do Congo. Oito países fazem parte desta região, destacada por grandes florestas tropicais em razão de estar na latitude 0 do globo.

Leste da África: também conhecida como “Chifre da África”, por sua forma física do extremo leste africano, é uma área bem diversificada por ter países bem estruturados e urbanizados, como é o caso do Quênia, e em contraponto a isto, existe à Somália e Etiópia, nações mergulhadas em problemas gerados pelas suas guerras civis. Nesta região encontram-se dez países bem distintos, tantos nos aspectos físicos como humanos. É na divisa entre Uganda, Tanzânia e Quênia que existe o lago Vitória, que é considerado a nascente do rio Nilo.

Sul da África: o extremo sul africano é representado pelas diferenças existente ente os onze países no campo socioeconômico, principalmente, pois o contraste entre a África do Sul, nação bem desenvolvida, se comparada aos outros países africanos, em relação aos demais é visivelmente percebido. Este país exerce um poder centralizador nesta região, onde a economia é seu ponto forte. Observa-se também uma diversidade natural neste espaço, em razão de possuir grandes vales férteis e vastos desertos como o Kalahari, sendo no delta do Okavango (Botsuana) acontece uma das maiores e mais impressionantes migrações do mundo, a dos gnus.

Aspectos Socioeconômicos

Agora, analisar a África destacando suas características culturais, promove uma divisão bem diferente da anterior. Ao observar o continente africano pela sua ocupação ao longo dos anos, classifica-se a África em duas regiões: África “branca” (cultura árabe) e África “negra” (culturas locais).

Isto é possível em virtude da influência que a região norte da África (árabe) sofreu da ocupação dos povos do Oriente Médio (Ásia) durante os tempos, tendo como resultado um espaço totalmente adverso da África “negra”, sendo esta última caracterizada pelas culturas regionais provindas de milenares tribos africanas. Também é possível destacar a própria cor da pele dos africanos nessas duas regiões: os descendentes de árabes possuem uma tez clara, em grande parte, enquanto que os africanos relacionados com as culturas tribais já têm uma cor mais negra.

Sendo assim, a África vem a ser o resultado de anos de ocupação e influência das mais diversas culturas do mundo que remodelaram e transformaram seu continente num espaço diversificado e muitas vezes carente de recursos econômicos, por outro lado, suas belezas naturais são únicas e, por enquanto, estão permanentes em todo seu território.


Divisão Física (localização) da África

Norte da África Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, Saara Ocidental e Tunísia

Oeste da África Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo

África Central Camarões, Congo, Gabão, Guiné Equatorial, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe e Chade

Leste da África Burundi, Dijbuti, Eritreia, Etiópia, Quênia, Ruanda, Somália, Sudão, Tanzânia e Uganda

Sul da África África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Madagascar, Malauí, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Zâmbia e Zimbábue









Divisão Sócio-Econômica da África

África “branca” Argélia, Dijbuti, Egito, Eritréia, Etiópia, Líbia, Mali, Marrocos, Mauritânia, Níger, Saara Ocidental, Somália, Sudão e Tunísia.



África “negra” Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, Togo, Camarões, Congo, Gabão, Guiné Equatorial, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Chade, Burundi, Quênia, Ruanda, Tanzânia, Uganda, África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Madagascar, Malauí, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Zâmbia e Zimbábue


África e suas etnias

Os Nilóticos fixaram-se na África Oriental e são os frutos de numerosos cruzamentos de várias etnias. Os Sudaneses ocupam as regiões entre o Sara e o Golfo da Guiné, de dicam-se à agricultura e à pecuária seminômades. Tendo tido contato com o mundo árabe, alguns destes povos abraçaram o islamismo enquanto outros (Bambaras, Dógones e Malincas) mantiveram as suas religiões animistas tradicionais. Os Bantos, da África Centro-Sul, são populações dedicadas à agricultura e à pecuária, peritos na metalurgia do ferro e na laboração de cerâmica. No passado, nas suas deslocações para Sul, empurraram alguns povos as regiões mais marginais, onde continuam a sobreviver com muita dificuldade Estes povos “enxotados” são os Pigmeus, os Boximanes e os Hotentotes, grupos étnicos dos mais antigos de toda a humanidade. Às étnicas autóctones junta-se quase por toda a parte a presença da minoria branca, descendente dos colonizadores europeus, quase sempre em posição de direção ou com funções de apoio humanitário.





Fome e Miséria

Segundo um relatório do Instituto Internacional de Pesquisa em Política de Alimentação, o número de crianças subnutridas subirá cerca de 18%, estimativa para o ano de 2020, no continente africano. De acordo com o diretor-executivo do Programa Mundial de Alimentos da ONU, James Morris, a escassez de alimento na África provoca a instabilidade política, desse modo, a fome é, ao mesmo tempo, causa e consequência da pobreza e dos conflitos. No mesmo estudo foi divulgada outra estimativa, que afirma que nos próximos 20 anos o continente africano terá uma diminuição na produção de alimentos em cerca de 20%, fato desencadeado pelos conflitos internos. As taxas de crescimento natural na África são as mais elevadas do mundo. Para se ter uma ideia, a população africana em 1950 era constituída por 221 milhões de pessoas, atualmente, são mais de 850 milhões. Podemos citar vários fatores que favorecem a proliferação da fome no continente:
 • Ocupação de grande parte das terras para o plantio de culturas monocultoras destinadas à exportação, portanto não produzem alimentos que abastecem o mercado interno.

 • Diminuição da oferta de alimentos no continente.

 • Grande ocorrência de desertificação, em razão da ocupação de áreas impróprias para agricultura.
 • Diminuição das pastagens e terras férteis no continente.

 • Conflitos étnicos que resultam em guerras civis. Através dessa análise, concluímos que: temos é um quadro socioeconômico bastante debilitado, e as perspectivas são negativas em relação a esse continente.

 Porque os africanos passam fome?
A fome ou as guerras, as riquezas (petróleo, diamantes etc.), essas continuam lá. Se a África do Sul, por exemplo, teve a capacidade para organizar a Copa do Mundo, porque razão não consegue ter a dignidade de ajudar a tirar os outros países dessa miséria? E da dependência do Ocidente?











segunda-feira, 4 de junho de 2012

A colonização e descolonização africana



O processo de globalização que hoje domina o cenário da economia internacional caracteriza-se pelo investimento dos grandes capitais em países de economia emergente, onde a possibilidade de lucro mostra-se cada vez  maior. No entanto, nem todas as economias nacionais são alvo de interesse por parte dos principais investidores.
Nesse contexto, encaixa-se a maior parte dos países africanos, que está à margem desse processo. Atualmente, o capital disponível para investimento tem como preferência a América Latina, os países do Leste Europeu e asiáticos. Isso é um problema para a África, pois, sem esse capital, dificilmente se desenvolverá, devido à precariedade estrutural em que se encontra. Do ponto de vista histórico, a vinculação africana ao mercado internacional foi desastrosa e desorganizadora da economia tribal, já que a relação dos países economicamente hegemônicos com o continente sempre foi exploradora e predatória. Durante o mercantilismo, o principal papel desempenhado pela África em relação ao mercado mundial foi o de fornecedor de mão-de-obra para o sistema escravocrata.
Já na fase contemporânea da história, o interesse europeu volta-se para a expansão capitalista na forma de um neocolonialismo que submeterá o continente aos interesses exploratórios de recursos naturais e de mercado.