O processo de globalização que hoje domina o cenário da
economia internacional caracteriza-se pelo investimento dos grandes capitais em
países de economia emergente, onde a possibilidade de lucro mostra-se cada vez maior. No entanto, nem todas as economias
nacionais são alvo de interesse por parte dos principais investidores.
Nesse contexto, encaixa-se a maior parte dos países
africanos, que está à margem desse processo. Atualmente, o capital disponível
para investimento tem como preferência a América Latina, os países do Leste
Europeu e asiáticos. Isso é um problema para a África, pois, sem esse capital,
dificilmente se desenvolverá, devido à precariedade estrutural em que se
encontra. Do ponto de vista histórico, a vinculação africana ao mercado
internacional foi desastrosa e desorganizadora da economia tribal, já que a
relação dos países economicamente hegemônicos com o continente sempre foi
exploradora e predatória. Durante o mercantilismo, o principal papel
desempenhado pela África em relação ao mercado mundial foi o de fornecedor de
mão-de-obra para o sistema escravocrata.
Já na fase contemporânea da história, o interesse europeu
volta-se para a expansão capitalista na forma de um neocolonialismo que
submeterá o continente aos interesses exploratórios de recursos naturais e de
mercado.
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